Muito embora a obrigação de um blog de decoração seja essencialmente falar de Interiores, neste caso, tenho que fazer uma exceção. É impossível passar desapercebido, esta varanda é como um cartão postal impressionante, o Museu Guggenheim, em Bilbao, mostra suas dobraduras e ondas de titânio. A decoradora de interiores Iztiar Echebarría também sentiu esta necessidade à contemplação, e ela admite que o seu trabalho rendeu-se perante a verdadeira protagonista deste espaço, a vista fantástica.
A casa, não apresentava nenhum elemento de valor que fosse interessante manter. A reforma foi total: a distribuição anterior era convencional, com muitos quartos, materiais básicos e desinteressantes, então a transformação foi basicamente abrir os espaços, deixando como principal foco a visão da obra fantástica de Frank Gehry.
Uma vez decidido o objetivo do projeto – a perspectiva do museu, tudo girava em torno dele, não só na distribuição, mas, também nas cores usadas. As placas de metal que revestem o Guggenheim parecem ter relação com esta casa, no estofamento cinza, pintura das paredes e toques metálicos de alguns móveis.
Echebarría buscou conceitos simples equilibrados e harmoniosos marcados por branco, presente na maioria das paredes e piso, em revestimento de resina. O mobiliário básico é de design funcional e contemporâneo, pontuado por peças de diferentes períodos enfatizando o ecletismo estético procurado. As obras de arte e detalhes étnicos, adquiridos em viagens, adicionam um ar cosmopolita e muito pessoal.
Som de Ed Sheeran – Thinking Out Loud
A mesa do escritório tem pés de cavalete em madeira e tampo de vidro. Também é usada como mesa de jantar, as cadeiras são Thonet
Branco e cinza, uma decoração sóbria e elegante, inspirada por leves toques de cor. Ao fundo duas poltronas antigas de barbeiro ladeiam um móvel em ferro patinado.
Acima do banco Barcelona de Mies van der Rohe, um quadro adquirido em Paris. A mesa de centro é em ferro e madeira de demolição.
Detalhes pessoais acrescentam um aconchego emocional, como essas caixas chinesas compradas em viagens.
Os proprietários possuem uma grande coleção de arte. Em cima da cômoda de ferro, uma gravura de Romeo Nicoloso.
A enorme e moderna estante com cinco módulos vive lado a lado com o armário basco do século XIX. O difícil dom de misturar!
O tapete é uma peça artesanal de corda pintada. Na parede de fundo uma composição com diferentes quadros e gravuras.
Objetos decorativos e flores, sempre naturais, nem que sejam simples galhos e folhas. As flores de plástico, ou permanentes como muitos gostam de chamar, estragam qualquer ambiente!!
Nesta cozinha a cor cinza reina absoluta. Contrasta com os móveis brancos e a fotografia gigante em cima da área de trabalho.
Na copa, uma mesa de madeira para pequenas refeições. Em baixo do grande quadro homenageando o café, um carrinho auxiliar em aço inox.
O teto preto nos dá uma sensação de corredor estreito. Os focos iluminam as obras de arte apoiadas por uma pequena régua de madeira, dando a este corredor um certo ar de galeria de arte.
O quarto da criança foi decorado em estilo retrô. A cama é do século XVII em nogueira.
A decoradora colocou a cabeceira da cama entre dois armários. Como elemento de apoio um clássico do design, mesa Eileen Gray.
O banheiro é ligado ao quarto por painéis de vidro que substituem as paredes. A cuba de mármore, descansa sobre o móvel de madeira clara.
No banheiro da filha, um armário com várias portas em espelho, multiplica o espaço e a luz.